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EFÉSIOS

Capítulo 1
Nada como saber

1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:

Nada como saber quem é. Nada como saber com quem fala. Jesus revela a identidade estabelecida por Deus.

Apóstolo é missionário. Santo é gente com dedicação exclusiva. Fiel é quem vive pelo que acredita.

Nada como saber que a gente o é não pelo que faz, mas pelo lugar em que está. Estar em Jesus, o Ungido para nos salvar, é ser tornado gente com dedicação exclusiva a Deus, e gente que tem o que crê, o que fazer, e que não se enxerga mais de outra forma.

2 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

Nada como saber o que Deus tem para nós: favor que a gente não merece e paz que a gente sabe, mas não compreende.

Nada como saber que Jesus, o Ungido, onde estamos, manda em tudo e tudo pode.

3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo;

Nada como saber que tudo o que a gente precisa, para ter identidade plena, nos foi dado em Jesus, não porque a gente fez por merecer, mas porque a gente foi posto no lugar certo, ou melhor, na pessoa certa.

É como relacionamento: a gente não ama o perfeito, ama o que invadiu o nosso coração, todo relacionamento é afetivo, mesmo quando não parece, tratamos todos a partir do lugar que ele ocupa em nosso coração, mesmo o absolutamente estranho, pois, ainda que como conceito, ele ocupa um lugar em nossa afeição: respeitar é ter afeição, ainda que mínima, pelo com quem nos relacionamos, ainda que seja pelo que a pessoa significa.

Nada como saber que estamos no lugar da afeição plena de Jesus. Isto é que faz toda a diferença em nós, e que nos faz totalmente diferentes.
Essa foi o favor que Deus, o Pai de Jesus Cristo, em quem estamos e de quem somos. Falemos bem de Deus, como os serafins que Isaías viu e descreveu no capítulo 6 de seu livro.

4 como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;

Nada como saber que quem está ou estará no Cristo, já estava antes! E já estava para ser! E foi colocado no Cristo para ter identidade. Para ser reconhecido, por ele, como gente totalmente dedicada a ele, e, em quem, ele não teria o que censurar, por causa da forma como amaria. Caímos, nos perdemos, mas não fomos perdidos.

Ser gente totalmente dedicada a ele é ser gente que ama como ele ama, sem considerar a presença, ou a ausência de mérito na pessoa amada, e, mais, onde amor é afeição, de tal monta, que, necessariamente, inclui o sacrifício pelo ser amado.

5 e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,

Nada como saber que estávamos para vir a ser, e para um relacionamento familiar. Deus nos quis como filhos, antes que o quiséssemos como Pai. E somos filhos de quem sempre quis ser nosso Pai.

6 para o louvor da glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado;

Nada como saber que Deus nos vê como o prémio que o seu favor a nós conquistou para ele. Favor que nos foi trazido, independentemente de nossos méritos, por aquele que agora amamos.

7 em quem temos a redenção pelo seu sangue, a redenção dos nossos delitos, segundo as riquezas da sua graça,

Nada como saber que todas as possibilidades do favor do Pai, foram manifestas na redenção que o Cristo nos proporcionou. Tudo o que a gente é e fez de errado, demonstrava que Deus havia perdido a gente, mas o favor, que Deus nos fez, à custa do ato do Ungido, foi o de nos adquirir de novo para ele.

Nada como saber que o Cristo é a encarnação do favor do Pai.

8 que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência,

Nada como saber que todos os movimentos do Cristo, todo o seu percurso para chegar e para fazer o que veio para fazer, principalmente, no que tange a forma como o Ungido veio: como homem humilde, faz parte de um plano executado com a sabedoria que sabe o melhor momento para cada ação, e a ação para cada momento.

Nada como saber que Deus respeitou o arbítrio sem perder o propósito.

9 fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs

Nada como saber o que Deus quer, e que, Deus, o quer por prazer! Deus age por um prazer que quis ter.

10 para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra,

Nada como saber que o prazer do Pai, é, no seu devido tempo, fazer com tudo o que exista tenha o Ungido como seu centro, e propósito, e senhor.

11 nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade,

Nada como saber, que estar no Cristo é ser o que o Pai vai receber por direito, e que fomos, antes de sermos, antes de existirmos, destinados para ser a herança que o Pai receberia, e que isso era o propósito do Pai, e que, para isso, o Pai nos pôs no Cristo, antes de tudo, e que assim é porque o Pai decidiu que assim seria. Antes de tudo o Pai decidiu que seríamos dele: os que estão e os que estarão no Cristo, no Ungido.

12 com o fim de sermos para o louvor da sua glória, nós, os que antes havíamos esperado em Cristo;

Os judeus foram os primeiros, como etnia, a receber esse conhecimento, e entender a sua identidade e propósito.

13 no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa,

Os não judeus, à medida que ouvem as boas notícias da salvação, e crêem, recebem a mesma consciência de sua identidade e propósito, e o que o demonstra é o fato de receberem o mesmo derramamento, que os judeus, como etnia, receberam no Pentecostes, o batismo do Espírito Santo.

14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória.

Nada como saber, que a presença do Espírito Santo em nós é a certeza de que, também, estávamos no Cristo desde antes da fundação do mundo, e que receberemos a mesma herança prometida aos judeus, e a herança que receberemos é o privilégio de ser parte da herança que o Pai receberá, como prémio por sua bondade


Isso é comunidade!

15 Por isso também eu, tendo ouvido falar da fé que entre vós há no Senhor Jesus e do vosso amor para com todos os santos,

Bom ter uma fé, em Jesus, que dá o que falar: fé que acredita que ele resolveu tudo o que tinha de ser resolvido com o Pai. Assim, não há bruxas a caçar, não há culpados para punir, tudo está resolvido, então, é correr para o abraço, qualquer débito com Deus já está pago, agora é a mutualidade em ajudar que cada um chegue à estatura do Filho.

Fé que acredita que Jesus está no controle do Universo, sustentando tudo (Hb 1.3), daí não há maldição que atrapalhe.

Bom ter um amor mútuo que dá o que falar: onde a comunhão impera, isso começa por só falar o bem, um do outro, e cresce até um estar pronto para sacrificar-se pelo outro. É fruto dessa fé: tudo está resolvido com Deus, logo, tudo está resolvido entre nós, somos unidade de novo, e, como tal, devemos viver.

Isso é comunidade!

16 não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações,

Bom ser uma comunidade por quem só há o que agradecer. Uma comunidade que entendeu o que é ser Igreja.

Isso é comunidade!

17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele;

Bom ser uma comunidade a quem o Pai dá espírito de sabedoria, não é o surgimento de muitos sábios, é uma comunidade de sabedoria, por ser uma comunidade cujo relacionamento a torna em condições de compreender melhor como Deus, a Trindade, vive.

E a comunidade vai aprendendo com a Trindade, por revelação, como se vive em comunidade.

Isso é comunidade!

18 sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos,

Bom saber para onde estamos caminhando como comunidade, e que é em comunidade que caminhamos, que caminhamos para ser tudo o que Deus queria que fossemos como unidade humana, como humanidade, e como isso é extremamente rico.

Bom, que isso é fruto de expansão da afeição, não é saber mais, por saber, é saber mais para gostar mais e para incluir mais o outro.

É a construção da nova identidade, a identidade que define uma pessoa e uma comunidade como cristã.

Uma identidade onde a ética é estética, isto é, o que leva alguém ou, a comunidade, a fazer ou não, seja o que for, é se é amável ou não. E o ser humano é sempre amável.

Isso é comunidade!

19 e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,

Bom saber quão grande é o poder que ele pôs à nossa disposição; por crermos em Jesus, e para saber isso, basta ver como esse poder agiu...

20 que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus,

Boa ação desse poder: ressuscitou ao Cristo!

Bom que esse poder colocou no poder aquele que sabe o que é sacrifício, pois, foi ao Cristo que deu autoridade sobre tudo e todos: estar assentado à direita, não é estar num espaço geográfico, é ter recebido autoridade sobre tudo: a Trindade governa por meio do Cristo.

Bom! Só quem sabe o que é esvaziar-se deve ocupar o poder.

Que comunidade... Essa! Sobre quem atua o poder que ressuscita o desprezado, e empodera o que se sacrifica!

21 muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;

Bom! Tudo é tudo mesmo: no espaço, nas dimensões física e metafísica, no tempo e fora do tempo!

22 e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja,

Bom que tudo está debaixo dos pés daquele que não esmaga e que, portanto, não deixa esmagar.

Bom esse jeito de governar: A Trindade governa através do Cristo e o Cristo governa através da Igreja: a comunidade da inclusão, da afeição e do empoderamento do que serve à custas da própria vida!

Bom... O governo do Cristo se dá pelo amor; pelo perdão; pela restauração do ser humano, em todos os seus relacionamentos; pela intercessão e pelo serviço!

Isso é comunidade em ação pelo governo do Cristo!

23 que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.

Bom que essa comunidade complementa aquele que está sobre tudo: ele continua a agir a partir do seu esvaziamento, embora esteja pleno de toda a sua glória.

Bom que adoração não é o mero desfilar de elogios, mas o ministrar serviço àqueles a quem o governador, que se sacrificou, quer libertar; às sociedades, às quais, o governador quer resgatar do competição para a solidariedade; às nações, às quais, o governador quer ver desenvolvendo políticas públicas que resgatem o faminto, o sedento, o desabrigado, o segregado, o enfermo e o emprisionado.

Bom que essa comunidade o complementa, não por que nele falte algo, mas, porque a Trindade decidiu governar através dela, de modo que história e os atos humanos, finalmente, ganhem sentido.

Assim é que se ora pela comunidade da fé, e assim deve orar, por fé, a comunidade!
Isso que é comunidade! Essa comunidade prova que a humanidade é amada por Deus!


Capítulo: 2

Mas Deus!

1 Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,

A humanidade se desconectou de Deus: nosso espírito morreu, e nossa vida se tornou um estado de delito e de quebras da lei de Deus. Mas Deus, aos que crêem, ressuscitou o espírito e reconectou consigo.

2 nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência,

A queda não nos emancipou, ao contrário, criou um ambiente de sofrimento, chamado de “o mundo”, que foi colocado sob influência dum espírito rebelde, que continua a atuar nos que, ainda, não voltaram. Mas Deus, aos que voltaram para o estado de obediência (crer é voltar para o estado de obediência), libertou do domínio e, mesmo, da influência desse rebelde.

3 entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.

Esse estado de coisas era universal. Todo mundo espiritualmente morto e orientado para o mal. Todo mundo provocando a ira divina.

4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

Mas Deus tomou uma iniciativa em nosso favor. Em vez de seguir a ira, seguiu o desejo de manter viva a humanidade e o amor que nutria por nós.

5 estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),

E Deus fez um favor: pôs os que crêem: os que voltaram para a obediência, dentro do Cristo, quando Cristo foi vivificado, estes o foram com ele. Receberam a mesma vida que ele.

6 e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus,

Os que crêem: os que voltaram a obedecer, foram ressuscitados com Cristo, e, como Cristo se mudou para a dimensão chamada de celeste, os que crêem foram, com ele, para a mesma dimensão.

7 para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus.

Mas Deus fez isso para demonstrar o quanto Ele pode fazer por favor, por causa de sua bondade para com os que crêem: as pessoas que Ele colocou em Cristo Jesus.

8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;

Os que crêem: que voltaram para a obediência, só conseguem crer e, portanto, voltar a querer obedecer, porque Deus lhes fez um favor: Deus lhes deu a capacidade de crer nele e no que Ele fez através do Cristo. É um presente.

9 não vem das obras, para que ninguém se glorie.

Os que crêem: que voltaram a obedecer, não fizeram nada para conquistar essa capacidade de crer. É um presente!  Eles não fizeram por merecer. Receberam um presente.

10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.

Os que crêem: que voltaram a obedecer, são assim, porque foram recriados dentro de Cristo, essa recriação é como um poema de Deus. E Deus os colocou num novo ambiente chamado de  "boas obras".

Embora eles continuem fisicamente no ambiente de sofrimento, chamado de “o mundo”, eles passaram a viver a partir do novo ambiente, chamado de “boas obras”.

Jesus de Nazaré foi o primeiro a viver no ambiente “mundo”, a partir do ambiente “boas obras”. E Deus recriou os que crêem para viverem assim, também.

11 Portanto, lembrai-vos que outrora vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, feita pela mão dos homens,

Os circuncisos achavam que essa possibilidade de crer: de voltar a obedecer a Deus, não estava ao alcance dos que não se circundavam, como Deus orientou a Abraão, e ao seu povo, que fizesse.

12 estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.

Isso deixava os incircuncisos sem perspectiva.

13 Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.

Mas Deus colocou no Cristo, sob a unção do Cristo (a palavra Cristo significa ungido - algo como receber uma designação e o poder para executá-la) também, os incircuncisos.

Portanto, a libertação dos incircuncisos foi, também, posta na descrição do alcance da designação do Cristo. Quando o Cristo, derramou o seu sangue na cruz, ele tornou possível aos incircuncisos, o que foi avisado para os circuncisos.

14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade,

Mas Deus fez mais: pacificou os circuncisos com os incircuncisos, e vice-versa, deixando claro, a ambos, de que precisaram do Cristo para voltar da morte, de modo que, na prática, o que parecia vantagem dos circuncisos sobre os incircuncisos, desapareceu.

15 isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz,

E Deus fez mais: criou, dos dois, um novo homem, ou seja, um homem colectivo, uma nova sociedade; já que o ponto de contato deixou de ser a lei e os mandamentos que os circuncisos conheciam, e passou a ser o Cristo, de quem ambos necessitavam.

16 e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade;

E o Cristo, ao cumprir a sua missão, reconciliou os circuncisos e os incircuncisos com Deus, e Deus, no ato do Cristo, os fez uma comunidade só, a quem Ele chamou de: O Corpo do Cristo.

Interessante notar que os circuncisos achavam que eles já estavam reconciliados com Deus, mas, descobriram que, também, dependiam do triunfo do Cristo.

17 e, vindo, ele evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto;

Bem... Os circuncisos estavam perto, mas, mesmo assim, precisaram da boa notícia de que era possível estar em paz com Deus.

18 porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.

E, graças ao trabalho do Cristo, o Espírito, uma das três pessoas da Trindade, pôde vir habitar nos seres humanos, circuncisos ou incircuncisos, que o favor da Trindade incluiu no Cristo. E é só da habitação do Espirito Santo que é possível ter acesso ao Pai

19 Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,

Pronto! Os incircuncisos estão dentro! Não como convidados, mas como membros da família, da comunidade corpo do Cristo, do homem coletivo.

20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina;

Essa comunidade corpo do Cristo, homem coletivo, é, também, um edifício. Um edifício que tem o Ungido como pedra alicerce, mas é o Ungido, conforme anunciado pelos profetas e descrito e ensinado pelos apóstolos.

21 no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor,

O objetivo dessa comunidade corpo, desse homem coletivo, desse edifício, é ser uma catedral: um lugar onde Jesus, o Cristo, como Senhor, seja reconhecido como o modelo, o guia e o motivo e o objetivo para todos os movimentos da humanidade.

22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.

Quando esse edifício alcançar a essa altura, quando a interação entre essa sociedade e o Cristo for plena, a Trindade vai morar nesse edifício.



Capítulo 3
1 Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;

Paulo está preso por amor à causa de trazer a Trindade para a terra. E para isso é preciso buscar as ovelhas gentílicas que são do aprisco do Cristo.

2 Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada;

Paulo foi encarregado de buscar os gentios.

3 Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi;

Por que ele compreendeu que Deus, por meio de Cristo, decidiu primeiro buscar os gentios e depois resgatar os judeus. O mistério de Deus é Cristo, isto é, que tudo o que Deus fez e fará, será por meio do Cristo.

4 Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo,

Paulo entendeu o movimento do Cristo para reunificar a humanidade. O mistério de Cristo é a Igreja, isto é, que é por meio da Igreja que Cristo retomará a unidade humana.

5 O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; 6 A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;

Os gentios, também, estavam em Cristo, desde antes da fundação do mundo.

7 Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. 8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo,

Paulo foi incumbido de anunciar que os gentios também podem entrar no Reino e desfrutar de todas as benesses de ser do Reino. Incompreensível para os da velha dispensação.


9 E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo;

Por isso o sacrifício do Cristo é anterior a tudo: foi o primeiro ato. E, por isso, tudo foi criado a partir desse sacrifício. O mistério do Cristo é a retomada da unidade humana, a reunificação da humanidade através da Igreja.

10 Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,

É pela Igreja (na demonstração da unidade) que essa sabedoria de Deus é exposta aos seres do mundo espiritual, por meio desta, compreendem os movimentos de Deus: ou como Deus retomou o que havia perdido.

11 Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, 12 No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.

Deus, no Cristo, resgatou a humanidade, portanto, podemos entrar na presença de Deus sem medo.

13 Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.

Por essa causa vale a pena passar pelo sofrimento, diz Paulo.

14 Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, 15 Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,

E Paulo ora ao Pai daquele que, em si, reunificou a família humana, formando a Igreja, a triunfante: os que já se foram, e a militante: os que ainda cá estão.

16 Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;

Que o Espírito, dentro de nós, dê-nos poder para ser o que devemos.

17 Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,

Que Cristo, pela fé, seja o norte do coração de cada um de nós, a fim de que, em nossos relacionamentos, partamos do amor fraternal.

18 Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,

Para podermos compreender, em toda a extensão, esse mistério da reunificação da humanidade. O que só é possível a partir de um relacionamento com os nossos irmãos que, partindo do amor fraternal, busque, prioritariamente, a unidade.

19 E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.

E possamos conhecer, pela experiência da busca pela unidade com os demais, o amor do Cristo, que o fez andar pelo caminho do esvaziamento. Só assim o amor de Deus aparecerá através de nós.
20 Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, 21 A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.

Glória a Deus, que superou toda a expectativa humana. E nos fez amarmo-nos de novo. E acabou com os clãs e as bandeiras, e voltamos a ser, mais que uma só família, um só homem coletivo.