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sábado, 17 de agosto de 2013

Mt 16.1-4



Saduceus e fariseus se aproximaram de Jesus, pedindo-lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu.

Por que quereriam um sinal? Estariam buscando a fé necessária para proclamar Jesus, como o messias de Israel, ou seria só pseudointelectuais, em busca de sustento para uma tese, sem nenhuma preocupação com a verdade ou com o bem do ser humano?

Jesus disse que eles eram maus e infiéis. Gente assim não quer crer, quer  preponderar.

Eles até entendiam de tempo, mas, eram teólogos e religiosos, cuja maldade e idolatria, os impedia de ver Deus nos tempos de sua dispensação.

Jesus, porém, lhes ofereceu um sinal, o de Jonas, logo, um sinal que até gente má e infiel poderia compreender, por exegese.

Jonas foi um profeta do Deus de Israel, que decidiu desobedecer ao Deus, e dele fugir. E conseguiu!

Ele não poderia se esconder do Onisciente, mas fugiu para não fazer a sua vontade. O Onipotente não sequestrou a vontade do profeta, fazendo-o realizar a sua ordem, mas o perseguiu usando o mar.

Uma borrasca, tal, foi provocada, que o barco ia a pique. Os marinheiros, reconheceram que aquilo estava para além do físico, e apelaram para os seus deuses; que se mostraram impotentes para enfrentar o Deus que estava a provocar o mar.

Jonas, entretanto, dormia; havia se recolhido à sua alma, para não se deixar intimidar pelo seu Deus. Foi acordado por um marinheiro indignado com a insensibilidade do profeta, e que o instou a invocar o Deus de quem fugia.

Nesse ínterim, os navegantes decidiram lançar  sortes, na esperança de que o inacessível se revelasse no acaso; e o Onipresente revelou Jonas.

Jonas anunciou-lhes o Deus de seu povo, de tudo criador, e que não poderia ser detido pelos pretensos deuses que invocaram. O profeta não se apresentou, mas, comunicou que havia desafiado ao seu Deus e dele estava fugindo.

Diante do mar, cada vez mais revolto, os homens pediram que Jonas lhes orientassem sobre o que fazer a ele, para acalmar o seu Deus. E Jonas disse: “Me joguem no mar!”

Os homens sabiam que isso seria o mesmo que matar o insensato hebreu, e, percebendo que se o Deus quisesse que o seu servo fosse morto, ele mesmo o faria, remaram mais, na tentativa de não provocar mais à ira ao Deus tão poderoso, porém, tão desejoso de conquistar servo tão rebelde.

Tentavam alcançar a terra, mas o Deus não permitia, e eles não tiveram escolha. Declararam, ao Deus, que não queriam matar o hebreu, mas que Deus não lhes deixava opção, e, entendendo que esta era a vontade do Onipotente, pediram-lhe que os poupasse de pagar por sangue, que, entendiam, o Deus estava requerendo.

Deve ter sido um momento de extrema confusão, para além da angústia, em si. Como o Deus que fizera tanto para chamar a atenção de um só, queria, agora, que este, já desperto para Deus, fosse lançado à morte?

Temeram ao Deus dos hebreus, mas, não tinham como entender. Não sabiam que o Deus dos hebreus sacrifica a si e não aos homens. E nem sabiam a quantos o Deus salvaria, a partir desse gesto de resignação.

E nesse ambiente, marcado pela metafísica, o Criador providenciou para que um peixe, após viagem de três dias, depositasse o profeta, que engolira, em terra firme.

Jonas, que durante a viagem insólita, clamara ao Senhor, por misericórdia, ao se ver em terra firme, soube: o Deus, único Senhor do Universo, que se revelara aos hebreus, o amava.

E quando veio, segunda vez, a palavra do Deus ao profeta ele obedeceu ao Senhor. E foi pregar ao povo de Nínive, que era inimigo de seu povo, mas não de seu Deus.

E o sinal de Jonas, que Jesus deixou aos seus interlocutores, fala de três perspectivas:
1-    a dos navegantes, que perceberam o metafisico, que entenderam o amor do Deus por seu servo, e que, como Abraão,  se submeteram ao incompreensível desejo de Deus;  
2-    a do profeta, que percebeu a necessidade do sacrifício;  
3-    a do Deus, que providenciou o que, a exemplo do que acontecera com Isaque, no monte Moriá, pode, figuradamente, ser chamado de ressurreição, de quem, doutra sorte, estaria morto. (Hb 11.19) 

Jesus estava dizendo aos religiosos: estamos num tempo metafísico; haverá um sacrifício: o meu; eu me deixarei sacrificar por amor ao Pai, e, por amor a todos, o Pai o permitirá; e vocês me sacrificarão, mas, diferente dos navegantes, que não o queriam, e de Abraão, que o fez por obediência, vocês quererão me sacrificar, por maldade; o Pai, porém, me ressuscitará no terceiro dia.

Os religiosos, porém, nunca compreenderam o sinal.... até aos dias de hoje!