Ariovaldo Ramos
e perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; Mt 6.12
Eu soube de um homem,
conhecido por ter levado a Cristo, um jovem que se tornou um grande líder
cristão.
Não sei o nome dele.
Sei, também, que ele
recebeu na casa dele um jovem que não tinha onde morar, alguém que evangelizava
como evangelizou o jovem, mais tarde líder.
Sei, também, que ele
tinha uma filha, uma jovem bonita, dedicada e muito amada.
Um dia esse moço que
ele abrigou em sua casa, se encantou pela filha do homem que o abrigara em sua
casa.
Ao invés de ir pelo
caminho comum a todos os que se enamoram, esse jovem, hóspede do pai da moça,
cuidado e alimentado por essa família, simplesmente, atacou a moça, a estuprou
e a matou.
Fez isso no caminho, no
caminho por onde ela passava e ele sabia.
Houve luta, e as marcas
de que fora ele estavam espalhadas pelo chão, ele fugira estabanadamente.
Horror! Angustia!
Revolta! Imagina o que isso causou numa cidade pequena! O pai da moça era muito
conhecido e muito respeitado.
Esse homem, que teve a
filha barbaramente atacada e morta, depois de ter chorado profundamente a perda
de sua querida menina, voltou-se para a esposa e lhe disse: Preciso achar esse
menino antes que a polícia o faça... Não posso permitir que o matem!
E ele encontrou o jovem
e, pessoalmente, o entregou à polícia.
O jovem foi julgado e
condenado à morte.
Esse pai, porém,
visitou esse moço diariamente, e, diariamente orou por ele, e cuidou para que
ele não fosse desrespeitado, e para que nada do que necessitasse para manter a
dignidade humana lhe faltasse; e leu a Bíblia para ele, até que, profundamente arrependido o jovem se rendeu a
Cristo.
Esse homem acompanhou
ao assassino de sua filha, diariamente, e estava lá quando o jovem foi
executado. E no dia da execução, chorou por esse jovem, como se chora por um
filho.
E, no dia seguinte, os
jornais da cidade, como que tivessem combinado, estamparam a mesma manchete:
“PELA PRIMEIRA VEZ, NÓS, E TODA A CIDADE, VIMOS UM CRISTÃO”