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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Perdão.

Ariovaldo Ramos

e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; Mt 6.12

Eu soube de um homem, conhecido por ter levado a Cristo, um jovem que se tornou um grande líder cristão.
Não sei o nome dele.
Sei, também, que ele recebeu na casa dele um jovem que não tinha onde morar, alguém que evangelizava como evangelizou o jovem, mais tarde líder.
Sei, também, que ele tinha uma filha, uma jovem bonita, dedicada e muito amada.
Um dia esse moço que ele abrigou em sua casa, se encantou pela filha do homem que o abrigara em sua casa.
Ao invés de ir pelo caminho comum a todos os que se enamoram, esse jovem, hóspede do pai da moça, cuidado e alimentado por essa família, simplesmente, atacou a moça, a estuprou e a matou.
Fez isso no caminho, no caminho por onde ela passava e ele sabia.
Houve luta, e as marcas de que fora ele estavam espalhadas pelo chão, ele fugira estabanadamente.
Horror! Angustia! Revolta! Imagina o que isso causou numa cidade pequena! O pai da moça era muito conhecido e muito respeitado.
Esse homem, que teve a filha barbaramente atacada e morta, depois de ter chorado profundamente a perda de sua querida menina, voltou-se para a esposa e lhe disse: Preciso achar esse menino antes que a polícia o faça... Não posso permitir que o matem!
E ele encontrou o jovem e, pessoalmente, o entregou à polícia.
O jovem foi julgado e condenado à morte.
Esse pai, porém, visitou esse moço diariamente, e, diariamente orou por ele, e cuidou para que ele não fosse desrespeitado, e para que nada do que necessitasse para manter a dignidade humana lhe faltasse; e leu a Bíblia para ele, até que,  profundamente arrependido o jovem se rendeu a Cristo.
Esse homem acompanhou ao assassino de sua filha, diariamente, e estava lá quando o jovem foi executado. E no dia da execução, chorou por esse jovem, como se chora por um filho.
E, no dia seguinte, os jornais da cidade, como que tivessem combinado, estamparam a mesma manchete: “PELA PRIMEIRA VEZ, NÓS, E TODA A CIDADE, VIMOS UM CRISTÃO”