Vós orareis assim: Pai nosso, que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.
Perdoai-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E
não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Pois vosso é o reino, o
poder e a glória para sempre, amém!
Depois da queda, o universo, por nossa causa, foi
imerso num ambiente de sofrimento.
Esse ambiente surgiu como resultado de um novo
princípio, por nós estabelecido, que passou a reger todos os movimentos, em
maior ou menor grau, ainda que arrefecido por ação de Deus, por sua graça. O apóstolo
Paulo chama esse princípio de “a lei do pecado e da morte” (Rm 8.2).
Portanto, esse ambiente é, por definição, contra a
vontade de Deus. Vivendo nesse ambiente, e não temos escolha, estamos sempre expostos
ao que contraria o Pai, e a tal rebeldia somos sempre convidados.
Esse convite, estimulado pelo maligno, se dá sempre no âmbito pessoal, mas
pode provir de nosso interior, ou dos relacionamentos pessoais, ou do sistema.
Esse convite é sempre mais forte do que as nossas resistências pessoais, mas, o
podemos resistir, se pedirmos socorro ao Pai.
Isso nos coloca num dilema: se caímos em tentação,
fazemos o que nos é próprio, porque a tentação é sempre mais forte do que nós.
Porém, por causa da disposição do Pai, se caímos em tentação, caímos porque não pedimos socorro ao Pai, que, se
acionado, não nos deixaria cair.
Então, se caímos foi porque não clamamos pela
ajuda prometida. E por que alguém, que sabe disso, não pediria ajuda, a não ser
pelo desejo de cair? Assim, qualquer queda é responsabilidade nossa.
Meditação: Somos responsáveis pelo enfrentamento
de qualquer tentação, em qualquer nível, porque temos, à disposição, o socorro
do Pai. Não podemos e não devemos nos fiar em nossas forças, elas são
insuficientes, mas não podemos nos esconder em nossas fraquezas, porque o Pai
nos é mais do que suficiente.
Oração: Pai nosso, te somos gratos, porque na nossa fraqueza contamos
com a tua força. Que bom seria se pudesses contar com a nossa fidelidade, como
contamos com o teu socorro. Socorre-nos sempre Pai Eterno, a começar por nossa
carência de fidelidade. Pelos méritos de Jesus, o Senhor, clamamos. Amém!