Jesus tinha a tarefa de percorrer todas as cidades e
povoados de Israel, para ensinar ao povo de Deus, para anunciar a boa notícia
de que o Reino já estava aqui, e que isto significaria uma mudança no ser
humano, e no mundo, em favor dos pobres (Mt 11.15); e para sinalizar o Reino
por meio dos milagres.
Ele viu as multidões, viu a aflição e a exaustão do povo, se compadeceu, percebeu
a dimensão e a qualidade exigida pela tarefa; e se deu conta de que não o
conseguiria sozinho.
Então, Jesus pediu ajuda aos seus discípulos. Reconheceu a
dimensão da seara, e conclamou os seus alunos a ajudarem-no em oração.
Solicitou-lhes que pedissem ao Pai que lhes enviasse mais trabalhadores.
Que privilégio ser reconhecido por Jesus como parceiro de
oração! Que honra ser convocado para orar pelas necessidades de Jesus! E, como
orar é ir ao lugar santíssimo, onde, a rigor, só o Sumo-Sacerdote podia ir, que
certeza de ser recebido pelo Pai, lhes comunicou o Senhor!
Jesus precisava de gente como ele, que, aprendendo dele,
estivesse disposta a ensinar ao povo escolhido; pronta a percorrer todos os
lugares a serem alcançados, anunciando as boas notícias do Reino, assim como a sinalizar
a sua presença, por meio das boas obras. Jesus carecia de gente que visse as
multidões e delas se compadecessem.
Tais pessoas seriam destacadas, pois, gente a quem Jesus
reconheceria como companheiro de ministério, e em quem as pessoas reconheceriam
Jesus. Que desafio!
É, gente assim, só pelo Pai mesmo!
Tudo indica que os apóstolos oraram, porque, no próximo
capítulo, Jesus os comissionou e lhes deu a autoridade necessária para executar
a tarefa. Se tornaram a resposta da oração que fizeram. E lá foram eles...
companheiros de ministério de Jesus, pessoas em quem Jesus podia ser
reconhecido, e com a autoridade de Jesus!
Jesus, depois da ressurreição, decidiu percorrer todos as
etnias, e países, e estados, e cidades, e vilarejos, e povoados do mundo (Mt
2819). Quando essa viagem acabar, Ele volta em glória, e, com Ele, vem um novo
mundo, onde habita a justiça. (Mt 24.14; 2Pe 3.13)
Ele continua precisando de ajuda: de gente que ore ao Pai (e
Ele garante, plenamente, esse acesso), pedindo pelas necessidades missiológicas
de Jesus, e que esteja disposta a ser a resposta de sua oração... Quem será que
vai?