Vamos às
ruas!
Ariovaldo
Ramos
Os fundadores
do Movimento Cristão enfrentaram um protesto popular.
Eles tinham autoridade reconhecida, e o povo cristão tinha
tudo em comum.
O povo entregava tudo aos fundadores, e eles administravam
de forma a que todos fossem agraciados, segundo a necessidade de cada um.
Mas, com o crescimento do movimento, eles não conseguiam
mais administrar com a eficácia necessária.
Houve um protesto popular.
Os fundadores pararam para ouvir aos manifestantes, e
reconheceram a legitimidade do movimento.
Os fundadores, então, entregaram a administração dos fundos
ao controle popular.
Livremente, os manifestantes elegeram aos seus
representantes, e estes passaram a administrar o bem comum. E a justiça
desejada foi alcançada.
O povo brasileiro está nas ruas.
O povo não quer ficar à deriva do poder, quer direcionar o
poder.
O governo, como o fez a Presidenta, tem de admitir: o bem
comum está sendo mal administrado.
O Estado tem de se abrir para o controle social.
Como? Isso tem de ser buscado. Uma forma deve haver.
O povo está certo: quem tem de estabelecer as prioridades é
a população.
E mais, quem tem de ter controle sobre os gastos é a
população, tudo tem de passar por controle social.
Se a Presidenta souber ler este mover popular, saberá que,
agora, é a hora de fazer todas as reformas que todos sabemos que precisam ser
feitas: política, tributária, jurídica, partidária, eleitoral.
O movimento não é contra alguém, o movimento é a favor do
Brasil.
Não pode mais haver espaço para a corrupção, para a
exploração, para que o bem seja de poucos, em detrimento da maioria.
É o caso das tarifas do transporte público, que encarece sem
ganhar nada de eficácia.
A FIFA diz que se continuar assim, não haverá COPA.
Alguém tem de dizer, a esta organização, que não há governo
mundial, que há Povo, há Leis e há Estado, e que isso não pode ser subvertido
em nome de nada, muito menos em nome de eventos esporádicos, por mais
internacionais que o sejam.
O povo está certo! Vamos todos às ruas! Democratas são os
que reconhecem que todo o poder emana do povo e só para o bem do povo pode ser
exercido.