Por Ariovaldo Ramos
Certo dia um homem de meia idade procurou um pastor com a seguinte abordagem: - Preciso falar-lhe pastor sobre o meu casamento, na verdade, sobre a minha mulher.
Começou, então a descrever a sua esposa para o pastor; depois de duas horas e meia falando, sem parar, havia descrito algo perto de um monstro. Voltou-se ao pastor e perguntou: - Qual é a palavra de Deus para mim?
O pastor calmamente abriu as Escrituras e disse: A Bíblia diz: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela.” Ef 5.25
O homem ficou desconsolado, afinal ele havia descrito sua mulher como um monstro. A lógica dele lhe dizia: - Se eu amar essa mulher como Cristo amou a Igreja, aí sim que ela vai tornar a minha vida um inferno, vai se aproveitar dessa fragilidade.
Talvez estejamos tentados a dar razão ao homem, em questão; entretanto, o amor não nos torna frágeis, pelo contrário, faz de nós seres capazes de tudo suportar. E mais, ao amar aquela mulher, apesar de todos os defeitos que ele via nela, ele, de fato, estaria dando ao Espírito Santo as condições que Ele precisa para começar a transformação dela.
O amor é o ambiente onde o Espírito trabalha. E amar a quem devemos amar é compromisso que temos com o Espírito Santo.
Como ele pode ama-la com tudo o que está no coração dele? Em primeiro lugar ele deve confessar isso ao Senhor e pedir-lhe que mude isso; em segundo lugar ele deve começar a agir pela fé.
O que seria agir pela fé num caso destes? Significa tratar a esposa como a mulher amada. A medida que ele fosse obedecendo o Senhor, tratando a esposa a partir do compromisso de amar como Cristo, Deus, por sua graça, iria operando no seu sentimento.
A gente primeiro sai do barco para, depois, andar por sobre as águas. É preciso dar o passo da fé, da obediência. É assim que a Bíblia diz.
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