Ariovaldo Ramos
Jo 20.1-18
Você já esteve numa situação em que não consegue
entender o que está acontecendo, e tudo à volta não faz sentido?
Penso que era assim que Maria estava se sentindo.
Ela fora embalsamar o corpo de Jesus e encontrou o túmulo vazio, concluiu que o
haviam roubado, pois, nada mais fazia-lhe sentido.
Você já esteve numa situação em que não consegue
enxergar nada e, depois que a coisa passa, percebe que tudo estava na “cara”?
Dois anjos apareceram para Maria e, depois, o Senhor, e ela não os reconheceu. Ela fora buscar um corpo a ser embalsamado, não estava
pronta para encontrar um Deus para ser adorado. Foi derrotada por sua
expectativa.
Acho que é assim, a gente fica tão preso na crise
que não consegue ver nada que a contradiga; e pode, a exemplo de Maria, vir a
chorar diante de algo que nos devia fazer vibrar. Ela não viu a ressurreição
por pensar que a morte era a última palavra.
Salvou-a o fato de Jesus (que ela pensava ser o
jardineiro) tê-la chamado pelo nome, pois, ao invés de se espantar que um
desconhecido soubesse seu nome (o que seria lógico), reconheceu o Mestre. Certamente, não por
ouvir seu nome, mas, pela forma como fora dito, só Jesus o pronunciava daquela
forma. Sua comunhão com Jesus a salvou de ser derrotada pela aparente crise.
Só a comunhão com Cristo pode levar-nos a
reconhecê-lo em meio a crise; e só o Senhor
pode conduzir-nos para além do limite que equivocadas expectativas
impõem, e salvar-nos de sermos derrotados pela crise.
Cultive essa amizade com o Cristo, ela
o fará ver tudo a partir da ressurreição.