O Vento é ateu: disse o poeta!
Mas o Vento pode até ser Deus!
Ou vira gente para os seus...
Ele é quem inspira o profeta!
E o tal Vento que sopra chocando,
Qual galinha materna, poedeira?
E há, também, o Vento que peneira,
A vida humana purificando...
Tem hora em que o vento é brisa!
E ora Ele é impetuoso!
Ou insiste em nós, qual Prometeu!
Tem hora em que o Vento desliza...
E ora, amante, se ri jocoso!
Mas o Vento... Jamais será ateu!