Jesus perguntou aos discípulos sobre si. Sobre quem o povo e os seus alunos diziam ser ele.
Jesus andou com o povo e com os discípulos, saber como o
percebiam depois de o terem ouvido, e visto, e sido beneficiados por seus
milagres, fazia todo o sentido.
Jesus tinha a sua identidade sustentada por seu
relacionamento com o Pai (Jo 13.3), não na impressão que causava ou não nas
pessoas, fosse quem fosse.
Sabia, porém, que ninguém poderia vir a ele se o Pai não o
trouxesse (Jo 6.44). E, sem vir a ele,
pessoa alguma receberia a qualidade de vida, chamada de “Vida Eterna” (Jo
17.3). Ninguém seria salvo!
Ele soube, por seus alunos, que o povo o considerava como um
profeta, ainda que semelhante aos profetas mais contundentes.
E se deu conta de que tinha, no povo, cliente, gente que o
procurava pelo serviço que ele lhe poderia prestar.
Jesus estava interessado em formar uma Igreja. Termo, que,
no tempo de Jesus, significava um movimento de seres humanos em torno de uma
pessoa e de suas ideias.
A reação de Jesus à fala de Pedro, chamando-o de
bem-aventurado, dá conta da importância do movimento do Pai.
Pedro soube: Jesus é a pessoa do Deus, que veio em carne e
osso para nos salvar. Ninguém, dos patriarcas e profetas, suspeitou que o
Messias prometido seria a encarnação de uma das pessoas do Deus. E Pedro o
soube porque o Pai lhe contou.
Pedro passou a ser o primeiro dos seres humanos dados, pelo
Pai, ao Filho. Por isso ele receberia as
chaves do Reino, mas, todos, que viessem a ter a mesma revelação, receberiam as
mesmas chaves.
Pedro era a primeira pedra do incontável número de pedras,
que, a partir da Pedra Angular, que é Jesus de Nazaré, o Cristo, como a pessoa
do Deus, que veio em carne e osso para nos libertar, formaria o edifício de
pedras vivas para o agrado da Trindade (1Pe2.5).
Estas pessoas pedras-vivas, frutos da revelação do Pai, são
tornadas adoradoras de Jesus de Nazaré, o Cristo. Passam a anuncia-lo, a
imita-lo e a reproduzir as suas obras, e, em, e a partir da comunidade, passam
a destruir as obras do maligno, cujas defesas não conseguem deter o avanço da
Luz.
Jesus de Nazaré chama esse edifício vivo que, em seu nome, convoca
pessoas, comunidades e nações, ao arrependimento transformador de “A minha Igreja”.